Como a Selic impacta os teus investimentos?





O último e terceiro aumento na taxa Selic para 4,25% ao ano não foi necessariamente uma novidade para o mercado, mas a retirada do termo “normalização parcial” pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central mostra que a autoridade deve apertar ainda mais o cerco contra a inflação, que acumula em 12 meses uma alta de 8,06%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) do mês de maio.


Mas entender o impacto das variações na taxa básica de juros da economia na inflação e nos investimentos ainda é um desafio para muitos brasileiros.


As mudanças na taxa Selic, podem levar meses até serem sentidas pela população.  Quando deseja ampliar o fluxo de dinheiro na economia e impulsionar o crescimento do país, o Banco Central pode diminuir a taxa Selic, tornando o crédito mais barato e favorecendo o consumo.


Para compreender essa lógica e acompanhar as tendências para a economia é preciso se manter constantemente atento às expectativas do Banco Central. Toda semana, o BC divulga o Boletim Focus, um relatório com as expectativas da instituição para o câmbio, Selic, inflação e PIB. Nele, é possível avaliar a perspectiva da inflação, do dólar, da Selic, do IPCA, dentre outros indicadores econômicos.


Renda Fixa


A Selic impacta diretamente alguns investimentos de renda fixa, como os produtos pós-fixados atrelados ao CDI. Entre os investimentos mais comuns que rendem um percentual do CDI estão o CDB (Certificado de Depósito Bancário), o LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e o LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), mas há outros produtos de renda fixa vinculados ao indexador.


Já produtos atrelados ao IPCA (também considerados pós-fixados) e os prefixados não são automaticamente afetados pelas variações na taxa Selic, embora possam também repercutir os seus efeitos em longo prazo.

Os investimentos prefixados, por sua vez, são baseados e validados pelas expectativas do mercado por juros e inflação em longo prazo.


Ganho real líquido


Para calcular o rendimento dos investimentos, seja em renda fixa ou renda variável, não basta a Selic (ou rentabilidade bruta do ativo) ser maior que a inflação, porque ainda é necessário descontar o Imposto de Renda. Por isso, é preciso calcular o ganho real líquido, já que os investimentos e renda fixa, em sua maioria, pagam tributos.



Renda Variável


Os reflexos da Selic na renda variável, por outro lado, são menos evidentes, já que a definição do preço das ações é impactada por diferentes fatores. 



O preço das ações considera todo o cenário macroeconômico, a crise hídrica, a pandemia, a velocidade da vacinação, tudo isso o mercado já espera.


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